Paulo Twiaschor destaca a importância da adoção do BIM (Building Information Modeling) para obras públicas no Brasil. Destaca-se como a implementação do BIM traz maior eficiência, transparência e economia aos processos de construção, especialmente em projetos governamentais que demandam rigor técnico e cumprimento de normas. Com a crescente digitalização da construção, entender como aplicar o BIM corretamente nas obras públicas é fundamental para gestores, engenheiros e arquitetos.
Mas como iniciar essa transformação digital? Quais são os passos essenciais para a implementação do BIM em projetos públicos? E quais exigências legais devem ser observadas para garantir a conformidade? Neste artigo, vamos explorar essas questões para orientar profissionais e gestores públicos sobre o assunto.
Confira, a seguir!
Quais são os primeiros passos para implementar o BIM em obras públicas?
Para começar a implementação do BIM em obras públicas, é crucial fazer um diagnóstico detalhado da estrutura existente. Isso inclui avaliar o nível de digitalização atual da equipe e da organização, além de identificar as ferramentas tecnológicas disponíveis. A partir daí, deve-se definir claramente os objetivos do projeto, alinhando-os às exigências legais e aos requisitos do órgão público responsável. Um planejamento estratégico, com cronograma e capacitação dos envolvidos, é o ponto de partida para evitar falhas na adoção do BIM.

Além disso, Paulo Twiaschor ressalta a importância da formação contínua da equipe, pois o BIM exige conhecimento técnico e domínio de softwares específicos. A implementação não deve ser vista como um processo isolado, mas sim como uma cultura a ser incorporada em todas as fases da obra. Investir em treinamento e workshops é fundamental para garantir que todos os profissionais estejam alinhados e preparados para utilizar as ferramentas BIM de forma eficaz.
Quais são as principais exigências legais para o uso do BIM em obras públicas?
No Brasil, a adoção do BIM em obras públicas segue diretrizes estabelecidas pelo Decreto nº 10.306/2020, que determina o uso progressivo do BIM em projetos, orçamentos e execuções de obras públicas. Para cumprir a legislação, os órgãos públicos e contratados devem observar os níveis de maturidade do BIM previstos pelo governo, que vão desde a simples modelagem 3D até a integração completa de processos digitais. O não atendimento dessas normas pode resultar em penalidades e atrasos na execução dos contratos.
Outro ponto destacado por Paulo Twiaschor é que os contratos públicos precisam conter cláusulas específicas sobre o uso do BIM, detalhando responsabilidades e entregas digitais. Além disso, o profissional responsável pelo projeto deve garantir que os modelos BIM estejam em conformidade com os padrões nacionais, como a norma ABNT NBR ISO 19650, que regula a organização e o compartilhamento de informações digitais na construção civil. Portanto, estar atento às exigências legais é tão importante quanto dominar a tecnologia.
Como garantir a efetividade do BIM durante a execução da obra pública?
Para garantir a efetividade do BIM na execução das obras públicas, Paulo Twiaschor sugere o uso integrado de plataformas digitais que possibilitem a gestão colaborativa do projeto. Isso inclui o compartilhamento em tempo real das informações, acompanhamento de cronogramas e controle de custos, o que resulta em maior transparência e diminuição de erros. O BIM, nesse sentido, não é apenas uma ferramenta de desenho, mas um sistema completo de gerenciamento da obra.
Além disso, é fundamental implementar indicadores de desempenho que possam medir os resultados do BIM durante a execução. Dessa forma, é possível corrigir desvios rapidamente e garantir que o projeto siga conforme o planejado, respeitando prazos e orçamento. A adoção de práticas sustentáveis e a integração com outras tecnologias, como o IoT (Internet das Coisas), também são tendências que potencializam o uso do BIM em obras públicas modernas.
Implementar o BIM em obras públicas exige uma combinação de planejamento estratégico, capacitação técnica e rigor no cumprimento das normas legais. Apesar dos desafios iniciais, os benefícios são evidentes em termos de eficiência, redução de custos e qualidade final das obras. Seguir os passos certos e estar atento às exigências legais torna o processo mais seguro e produtivo para todos os envolvidos. Assim, o BIM se consolida como uma ferramenta indispensável para a modernização da construção pública no Brasil.
Com conhecimento e práticas recomendadas por especialistas como Paulo Twiaschor, gestores e profissionais do setor podem aproveitar ao máximo essa tecnologia transformadora, elevando o padrão das obras e garantindo resultados duradouros para a sociedade.
Autor: Aksel D. Costa