O MST ocupa Incra em Belo Horizonte exigindo a retomada efetiva da reforma agrária em Minas Gerais, estado onde milhares de famílias aguardam acesso à terra e dignidade há décadas. A ocupação, que mobilizou centenas de trabalhadores rurais, tem como objetivo pressionar o governo federal a acelerar os processos de assentamento e garantir políticas públicas que assegurem condições básicas de vida no campo. O ato é parte de uma jornada nacional de lutas do movimento, que denuncia a paralisação da reforma agrária em várias regiões do Brasil.
Ao longo dos anos, o MST ocupa Incra em Belo Horizonte sempre que se faz necessário dar visibilidade à morosidade estatal no que diz respeito à democratização do acesso à terra. A manifestação atual ocorre em meio a denúncias de abandono de áreas produtivas, ausência de crédito agrícola e falta de titulação de lotes já ocupados por famílias assentadas. Os integrantes do movimento acusam o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de negligência e cobram respostas urgentes das autoridades competentes.
Segundo lideranças do movimento, o MST ocupa Incra em Belo Horizonte com uma pauta clara e objetiva, que inclui o assentamento imediato de mais de duas mil famílias acampadas em diversas regiões do estado. Elas vivem em situação de vulnerabilidade, muitas vezes sem acesso a água potável, energia elétrica, saúde e educação. A ocupação do órgão federal é vista como último recurso diante do silêncio do poder público e da inoperância dos canais institucionais tradicionais.
A ação do MST ocupa Incra em Belo Horizonte também busca denunciar o avanço do agronegócio sobre terras públicas que deveriam ser destinadas à reforma agrária. O movimento afirma que latifúndios improdutivos continuam concentrando riqueza enquanto milhares de famílias camponesas são obrigadas a viver em condições precárias à beira de estradas ou em barracos improvisados. O discurso do MST confronta diretamente o modelo de produção agroexportador que, segundo eles, exclui os pobres e compromete a soberania alimentar.
Durante a ocupação, os manifestantes montaram barracas, organizaram cozinhas coletivas e promoveram atividades políticas e culturais para reforçar a legitimidade da causa. O MST ocupa Incra em Belo Horizonte com a presença de famílias inteiras, incluindo crianças e idosos, mostrando que a luta pela terra vai além da produção agrícola e envolve o direito a uma vida digna. Cartazes, faixas e palavras de ordem denunciam o descaso com a reforma agrária e exigem medidas concretas.
A repercussão da notícia de que o MST ocupa Incra em Belo Horizonte gerou reações diversas na sociedade. Enquanto setores conservadores criticam a ocupação como invasão indevida, movimentos populares e entidades de direitos humanos saem em defesa da ação, destacando a importância histórica das mobilizações do MST na conquista de políticas públicas para o campo. O debate sobre a função social da terra e os entraves à reforma agrária volta a ganhar força nos noticiários e nas redes sociais.
O governo federal ainda não apresentou resposta oficial à ocupação, mas representantes do MST afirmam que permanecerão no local até que sejam recebidos por autoridades do Incra e tenham garantias de avanços concretos. O MST ocupa Incra em Belo Horizonte como forma de resistência frente a décadas de promessas não cumpridas, e a ocupação se soma a outras mobilizações que acontecem em diferentes estados do país, todas unidas pela mesma bandeira: a terra para quem nela trabalha.
Ao ocupar a sede do Incra, o MST reafirma sua disposição de luta e sua defesa incondicional da reforma agrária como caminho para justiça social no Brasil. O gesto de que o MST ocupa Incra em Belo Horizonte é símbolo de uma causa que atravessa gerações e resiste aos ciclos de poder. Enquanto houver terras improdutivas, fome no campo e exclusão, o movimento seguirá marchando, acampando, ocupando e semeando resistência, sempre com a esperança de colher um país mais justo e igualitário.
Autor: Aksel D. Costa