O que fazer quando o plano de saúde nega cobertura a um neuroatípico? Confira neste artigo

Aksel D. Costa
By Aksel D. Costa Notícias
5 Min Read
Alexandre Costa Pedrosa esclarece os direitos dos neuroatípicos diante da negativa de cobertura pelos planos de saúde.

Como comenta Alexandre Costa Pedrosa, quando um plano de saúde nega cobertura a um neuroatípico, a situação pode gerar angústia e insegurança para famílias que dependem do atendimento contínuo. Isto posto, é fundamental compreender os direitos garantidos pela legislação e os caminhos disponíveis para contestar a decisão da operadora. 

Uma vez que a negativa de tratamento ou acompanhamento especializado, em muitos casos, pode violar normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e os princípios de dignidade e igualdade previstos na Constituição. Com isso em mente, ao longo deste artigo, veremos como agir, quais são os recursos administrativos e quando recorrer à Justiça para garantir o tratamento necessário.

O que é considerado uma negativa de cobertura pelo plano de saúde

A negativa de cobertura ocorre quando a operadora se recusa a autorizar um procedimento, exame, internação ou terapia solicitada pelo médico responsável, de acordo com Alexandre Costa Pedrosa. Assim sendo, no caso de pacientes neuroatípicos, essas recusas costumam estar relacionadas a tratamentos contínuos, como terapias ocupacionais, psicológicas e fonoaudiológicas. Tais práticas são frequentemente justificadas de forma indevida, sob o argumento de que o serviço não está previsto no rol da ANS ou de que há limitação de sessões.

Contudo, decisões recentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) têm reconhecido que o rol da ANS é apenas exemplificativo com condicionantes, e não exaustivo. Isso significa que o plano de saúde deve garantir o tratamento indicado pelo médico, quando comprovada sua necessidade clínica. A conduta de negar cobertura a uma pessoa neuroatípica, portanto, pode configurar descumprimento contratual e gerar direito à reparação.

Quais medidas tomar após a negativa do plano de saúde?

Ao receber uma negativa, o primeiro passo é solicitar que a operadora formalize o motivo por escrito. Esse documento é essencial para dar início a um processo de contestação administrativa ou judicial. Aliás, conforme destaca Alexandre Costa Pedrosa, o consumidor deve guardar todos os registros relacionados ao atendimento, como prescrições médicas, protocolos de solicitação e comunicações trocadas com o plano.

Logo, se a justificativa apresentada não for convincente, é possível registrar uma reclamação junto à ANS, que fiscaliza as operadoras e pode exigir o cumprimento da cobertura. O atendimento pode ser solicitado por meio dos canais oficiais da agência, apresentando a documentação completa. Isto posto, em alguns casos, essa etapa administrativa já é suficiente para que o tratamento seja liberado.

Saiba com Alexandre Costa Pedrosa como agir quando o plano de saúde recusa tratamentos essenciais a pessoas neuroatípicas.
Saiba com Alexandre Costa Pedrosa como agir quando o plano de saúde recusa tratamentos essenciais a pessoas neuroatípicas.

Quando recorrer à Justiça é a melhor opção?

Contudo, quando o plano de saúde insiste em negar o tratamento, o consumidor pode ingressar com uma ação judicial. Nessa situação, o ideal é contar com o apoio de um advogado especializado em direito à saúde, que conduza o processo com base nas provas já reunidas. Segundo Alexandre Costa Pedrosa, o juiz pode conceder uma liminar determinando a imediata liberação da cobertura, especialmente em casos que envolvem risco à saúde ou ao desenvolvimento do paciente.

Principais documentos necessários para contestar a negativa

Em suma, para que o processo administrativo ou judicial tenha êxito, é importante reunir provas que sustentem o pedido. Entre os documentos mais relevantes estão:

  • Prescrição médica detalhada: descreve o diagnóstico e o tratamento recomendado;
  • Comprovante da negativa: documento formal emitido pela operadora, com o motivo da recusa;
  • Cópia do contrato do plano de saúde: permite verificar as cláusulas aplicáveis ao caso;
  • Protocolos e registros de contato: comprovam que o consumidor tentou resolver o problema administrativamente.

No final, como enfatiza Alexandre Costa Pedrosa, quanto mais completa for a documentação, maior será a chance de o juiz compreender a urgência e conceder uma decisão favorável. Sem contar que a organização das provas demonstra boa-fé e contribui para agilizar o andamento do processo.

Garantia de direitos e proteção da dignidade

Em última análise, a negativa de cobertura por parte de um plano de saúde a um neuroatípico não deve ser vista como uma decisão definitiva. Uma vez que há mecanismos legais e administrativos capazes de assegurar que o tratamento indicado seja realizado. Ou seja, entender o processo e agir com rapidez é essencial para proteger o bem-estar do paciente e evitar atrasos no cuidado.

Autor: Aksel D. Costa

Leave a comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *