A eficiência do agronegócio brasileiro não depende apenas da tecnologia dentro das fazendas, mas também da qualidade das estradas que as conectam ao mundo. Aldo Vendramin, empresário e fundador, destaca: mobilidade é produtividade! A infraestrutura viária, especialmente nas áreas rurais, é o elo que garante que o esforço do campo se traduza em crescimento econômico, segurança e sustentabilidade.
Neste artigo iremos conceituar a importância de uma boa estrutura viária, não apenas para a produção, mas para o bem estar dos trabalhadores que vivem na estrada.
A estrada como base da competitividade no agro
O Brasil é um país de dimensões continentais, com uma das maiores malhas rodoviárias agrícolas do planeta. Caminhões transportam cerca de 65% da produção agropecuária nacional, ligando fazendas, cooperativas e portos. No entanto, grande parte dessa malha ainda é precária, com estradas de terra mal conservadas e sinalização insuficiente, fatores que comprometem tanto o escoamento da produção quanto a segurança dos motoristas.
Aldo Vendramin pontua que não há agronegócio forte sem infraestrutura eficiente, pois o produtor rural é o primeiro a sentir o impacto da falta de mobilidade: custos logísticos elevados, perda de qualidade nos produtos e atrasos na entrega reduzem a competitividade e comprometem margens.

Segurança viária: um investimento que salva vidas e aumenta lucros
Investir em mobilidade rural não é apenas melhorar estradas, é garantir segurança e reduzir custos operacionais. A implementação de programas de auditorias de segurança viária e tecnologias de monitoramento em tempo real tem sido fundamental para reduzir acidentes e aumentar a eficiência no transporte de cargas agrícolas, explica o senhor Aldo Vendramin.
Dados recentes de estudos técnicos mostram que rodovias com infraestrutura adequada e fiscalização eletrônica apresentam até 40% menos acidentes. Para o agronegócio, isso significa menos perdas humanas e econômicas, além de maior previsibilidade nas entregas.
A segurança no transporte rural deve ser tratada como parte da gestão da fazenda, dado que a estrada é extensão do campo, quando ela é segura, o produto chega melhor e o trabalhador volta para casa com tranquilidade. Há confiança para a entrega e quando sabemos que o trabalhador gosta do que faz, apesar do cansaço, sabemos que sempre podemos contar com ele.
Conectividade e inovação na logística rural
A transformação digital chegou também ao transporte agrícola. Sistemas de rastreamento via satélite, sensores de monitoramento de carga e rotas inteligentes baseadas em dados abertos estão revolucionando a logística do agro. Essas ferramentas permitem identificar gargalos, otimizar rotas e planejar viagens com base em tempo, custo e condição da estrada.
Como elucida Aldo Vendramin, a integração entre mobilidade e dados é o novo diferencial do produtor moderno, já que a conectividade nas estradas rurais, especialmente com a expansão do 5G e de redes privadas, possibilita tomadas de decisão rápidas e redução de desperdícios, fazendo as estratégias ser mais práticas e certeiras, deixando que o ciclo de produto a entrega seja fluido e não pare.
Infraestrutura e sustentabilidade: o caminho do futuro
As estradas rurais sustentáveis são uma tendência global, com o uso de materiais reciclados, asfaltos ecológicos e obras com compensação de carbono que já estão sendo adotados em diversos estados brasileiros. Essas soluções reduzem custos de manutenção e reforçam o compromisso ambiental do setor, alinhando-se às certificações de sustentabilidade e ao Plano ABC+.
Mobilidade verde e agronegócio responsável caminham juntos, pois como menciona o senhor Aldo Vendramin, cada etapa do transporte rural, da colheita ao porto, precisa estar alinhada aos princípios de sustentabilidade, rastreabilidade e eficiência energética. Isso não auxilia apenas em conseguir certificações que destacam seu negócio no mercado, mas o seu próprio mercado para o futuro, as compensações de carbono, pegada ecológica e ações para o meio ambiente permitem que seu negócio tenha longevidade.
Parcerias público-privadas e o papel do cooperativismo
O avanço da mobilidade rural exige união entre produtores, governos e cooperativas. As parcerias público-privadas (PPPs) e o cooperativismo logístico são estratégias que permitem dividir custos, planejar obras e manter rodovias de acesso rural em boas condições.
Em várias regiões, produtores já se organizam para custear pequenas manutenções ou implantar lombadas eletrônicas e sinalização rural, garantindo segurança para caminhoneiros e comunidades. Conforme Aldo Vendramin, essa colaboração representa o espírito do novo agro: parceiro, participativo e conectado com o desenvolvimento regional.
O impacto direto na produtividade
Estudos do setor mostram que estradas bem conservadas reduzem em até 15% o custo logístico da produção agropecuária e aumentam em até 20% a velocidade média de escoamento. Isso significa produtos mais competitivos, margens maiores e um agro mais eficiente. O impacto é claro: o produtor consegue entregar mais, com menos perda e mais previsibilidade. E o país, por sua vez, ganha em infraestrutura, empregos e sustentabilidade.
A mobilidade rural é um dos pilares invisíveis do agronegócio, mas sem ela, nenhum resultado se sustenta. Investir em estradas, tecnologia e segurança é investir no futuro do campo e na qualidade de vida de quem produz. Com infraestrutura inteligente, segurança e sustentabilidade, o agronegócio segue firme rumo a um país mais produtivo e conectado.
Autor: Aksel D. Costa